Considere alguns pontos de provocações que farei a seguir antes de responder.
É notório o crescimento da inteligência artificial nesta era digital. Embora ainda haja muito a se descobrir, muitas outras já se tornaram realidade, não há como retroceder.
Todas essas mudanças exigem conhecimento, capacidade de adaptação e alinhamento visionário, independentemente da atividade em que a pessoa atue.
Confira a seguir alguns pontos de provocações sobre IA que talvez ainda não tenha parado para pensar, sobretudo o que fazer para enfrentar os desafios revelados por ela.
Somos Imbatíveis?
Talvez não sejamos tão fortes quanto pensamos. Nós temos competências que são inerentes aos seres humanos, é até óbvio, porém nem sempre as desenvolvemos em plenitude para explorar em sua potencialidade, e isso é percebido na lida com o novo.
A grande dificuldade de aceitar mudanças é encarada como normal pela maioria das pessoas, pois a acomodação e a zona de conforto atraem para a inércia.
Nem todas as pessoas buscam se reciclar, se desenvolver e aprender sobre o novo, e quando se trata de inteligência artificial, é mais fácil assinar o discurso de colocar a culpa no outro ou mesmo na própria IA do que reconhecer que é preciso mudar dentro de nós mesmos e buscar aquelas competências que estão lá dentro, adormecidas.
Isso requer tempo, esforço e dedicação.
O Cliente nem Sempre tem Razão
Nos deparamos todos os dias com uma hiperpersonalização, já parou pra pensar nisso?
Com a velocidade do digital, as pessoas se reinventam a cada dia, mas a verdade é que não dá para agradar todo mundo, o tempo todo e da mesma maneira.
A utilização da IA ajuda a administrar esse posicionamento, e com isso ter mais chances de agradar seus clientes.
Não é possível trabalhar com verdades absolutas, nem sei se um dia isso foi um luxo. As soluções que a IA generativa apresentam podem otimizar o tempo de criação, inclusive de novos produtos, e é muito útil em tarefas repetitivas.
Ir além do que os clientes dizem querer hoje é estar um passo à frente com seu negócio, construindo necessidades e soluções que as pessoas nem haviam parado pra pensar.
A melhor utilização da inteligência artificial ajuda a identificar oportunidades futuras, e não apenas aperfeiçoar o presente.
Parceria Orientada por Resultados
Em time que está ganhando não se mexe. Se mexe sim. Sei que é tentador recorrer a parceiros antigos para resolver novos problemas, é até normal agir assim, já que foi estabelecida uma relação de confiança, e isso é valioso e leva anos pra ser construído.
O sucesso que houve no passado será se é suficiente para garantir o sucesso de hoje, nesta era digital? Pensa comigo. O nível de competitividade hoje é diferente, e isso exige que lidemos de modo diferente também, uma vez que as disputas são em campo aberto e infinito.
Considere acrescentar como parceira a inteligência artificial, experimente, ouse e depois compare os resultados. Isso é um ótimo exercício.
Novas parcerias exigem critérios bem definidos e estabelecer boas relações requer plabejamento, objetivos claros e comunicação, além de soluções alinhadas com os valores e processos da sua empresa.
Toda Inovação tem Conflito
Achar que só a sua verdade é absoluta não vai levar a lugar nenhum, massagear ego tampouco.
Doses de discussão são saudáveis para debater temas de interesse, refiro-me aqui a diálogo franco, honesto e propositivo. Como diz o velho ditado: duas cabeças pensam melhor que uma.
Inovar no seu ambiente de trabalho, no seu negócio, ou mesmo nos hábitos do cotidiano, é trilhar um caminho de exploração do novo, do diferente, mas com resultados. Nesse caso, o conflito torna-se fundamental para equalizar demandas, expectativas e objetivos.
As disputas, sejam intelectuais, empresariais, produtivas, familiares, intrapessoais, devem ser travadas de forma segura e transparente. Ah! E com propósito.
O conflito controlável é útil e válido, a fim de proporcionar algo melhor ou mesmo maior lá na frente, especialmente quando se quer inovar. Por isso avaliar pontos de vista e interesses diferentes podem apontar algo que nem havia se pensado antes, construindo assim um caminho para o processo decisório.
A tomada de decisão é individual, logo a responsabilidade também.
Ame ou Odeie
É interessante ver essa dicotomia. Há quem ame a inteligência artificial, há quem odeie.
Fora das discussões em grupos de whatsapp ou comentários de postagens na redes sociais, muitas vezes o sentimento é de medo em relação a tantas mudanças.
O cerne da questão é a forma como se encara, ou seja, a percepção que se tem sobre a IA. Muitos vêem como algo que está acontecendo com as pessoas, enquanto outros entendem como algo que está acontecendo para as pessoas.
A escolha desse julgamento vai resultar no sentimento que se tem em relação a ela.
Um exercício interessante para mudar de vez ou ratificar a visão que se tem a respeito do tema é fazer um levantamento dos processos mais lentos e repetitivos que uma pessoa tem, seja na empresa onde trabalha, no seu negócio, ou mesmo em casa. Depois é buscar uma IA que reduza essa carga e analisar o resultado.
E eu vou além, o que você faz que a IA, em tese, faz melhor ou igual?
Depois de responder a essa pergunta, avalie se não é você que precisa de aprimoramento ou mesmo de uma mudança.
Não Adianta Encurtar o Caminho
O processo e as etapas são importantes, pois consolidam e alicerçam o que se quer construir.
A inteligência artificial é uma tecnologia que precisa de sabedoria e boa fé para utilizá-la.
Os impactos dessa tecnologia se estendem a praticamente todas as esferas da nossa vida tanto pessoal quanto profissional. Não adianta fazer atalhos, pois a jornada é importante, já que é nela que se dá o tempo de maturação, de aprendizado e de consolidação.
Se adaptar a esse novo cenário requer método, planejamento e constância.
Não adianta tentar montar aquele Frankenstein achando que encontrou todas as soluções, ou então dar aquele passo enorme pulando todas as etapas.
Usar a inteligência artificial é incorporar aos poucos, é agregar de acordo com as necessidades e objetivos claros, considerando a visão e os valores de cada negócio.
Foque na eficiência.
Agora sim, volte ao título e responda: Serei substituída pela IA?
(Texto inspirado em "6 verdades sobre inteligência artificial (que ninguém conta para CEOs), de Thomas Gomes).
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